Ciencias de la Información Vol. 43, No. 3, septiembre - diciembre, pp. 59 - 65, 2012
Informação e ações para cooperação em rede: uma
visão no contexto de Empresas brasileiras1
Cibele Roberta Sugahara
Waldomiro de Castro Santos Vergueiro
A Ciência da Informação pode trazer
La Ciencia de la Información puede aportar
Information Science can provide subsidy to
subsídios para gerenciar a troca de
perspectivas al ámbito de gestionar el
manage the exchange of information that
informação que permeia o ambiente em
cambio de información del entorno de la
permeates the networked environment. The
rede. O objetivo desse estudo é apresentar
red. Este artículo tuvo como propósito hacer
goal is to present through a study of the
como se dá a troca de informação na Rede
un estudio de la red de la empresa Textiles
Enterprise Network Local Productive
de Empresa Arranjo Produtivo Local
Arreglo Productivo Local de Sao Paulo/Brasil
Arrangement Textiles Sao Paulo / Brazil to
Têxtil São Paulo/Brasil com vistas ao
para cambiar información con el fin de
exchange information with a view to
desenvolvimento de ações conjuntas para
desarrollar acciones conjuntas de
developing joint actions for cooperation. For
cooperação. Na coleta de dados foi utilizado
cooperación. Tuvo la participación de 37
data collection purpose, a questionnaire with
um questionário junto a 37 participantes dos
industrias textiles: hilado, tejido y tejeduría,
37 participants has been used from the
seguintes segmentos da indústria têxtil:
acabado y confección. El análisis de los
following segments of the textile industry:
Fiação, Tecelagem e Malharia, Acabamento
resultados mostró que la interacción se
Spinning, Weaving and Knitting, Finishing
e Confecção. Constatou-se que a interação
dirige de acuerdo con las características
é direcionada de acordo com características
and clothing industry. It was found that the
específicas y complementarias de red
específicas e complementares da rede
interaction is directed according to specific
social, y este espacio de fácil acceso a las
social, sendo esse espaço de convívio de
characteristics and complementary corporate
fuentes de información, así también pueden
fácil acesso a fontes de informação que
social networking, and this living space with
ayudar con la construcción de una acción
podem colaborar com a construção de ações
easy access to information sources that can
conjunta en las redes. Los resultados del
conjuntas em redes. Os resultados da
help with the construction of joint action
estudio permiten observar que el
pesquisa permitem observar que o
in networks. It was observed that the
intercambio de información a las prácticas
compartilhamento de informação para as
interaction is directed according to specific
destinadas a las acciones conjuntas se rige
práticas voltadas às ações conjuntas é
fundamentalmente por semejanzas con la
characteristics and complementary network,
pautado, principalmente, por similaridades
actividad desarrollada por las compañías
and this space of conviviality with easy access
da atividade desenvolvida pelas empresas,
y la relación de confianza y de interés de los
to information sources that can contribute
além da relação de confiança e interesse
miembros de la red. Además, es posible
with the construction of joint actions in
dos integrantes em rede. Além disso, é
resaltar una estrecha relación bilateral para
networks. The survey results allow to observe
possível destacar uma forte relação de
horizontales acciones conjuntas entre las
that the sharing of information to practices
cooperação bilateral horizontal para ações
industrias del tejido de los participantes
aimed at joint actions is ruled mainly for
conjuntas entre as indústrias de tecelagem
en el estudio. La interacción de intercambio
similarities of the activity developed by
participantes da pesquisa. A interação para
de información demuestra la demanda
firms and the relation of trust and interest
a troca de informação que evidencia essa
de acciones conjuntas orientadas a la
of network members. Moreover, it is possible
afirmação é observada nas ações conjuntas
participación en ferias y / o exposiciones,
to highlight a strong bilateral relationship
voltadas para a participação em feiras e/ou
dada por la participación del 38% de la red
for horizontal joint actions between the
exposições, praticadas por 38% das
de organizaciones. Se cree que la interacción
industries of weaving the research
organizações da rede. Acredita-se que a
para el desarrollo de esas acciones es
participants. The interaction for the exchange
interação para o desenvolvimento dessas
estimulada fundamentalmente por los
of information that shows this claim is seen
ações é estimulada, principalmente, por
flujos de información no estructurados,
in joint actions aimed at the participation
fluxos de informação não estruturados,
un proceso en el cual las expectativas
in fairs and / or exhibitions, practiced by 38%
num processo em que prevalecem as
imperantes de comportamiento recíproco.
of the organizations network. It is believed
expectativas recíprocas de comportamento.
Los resultados obtenidos permiten observar
Os resultados permitem observar que o
that the interaction for the development of
que la acción se ejerce a partir de la realidad,
compartilhamento é exercido a partir da
these actions is encouraged mainly for
basada en interacciones horizontales,
realidade, fundada na horizontalidade das
unstructured information flows, a process
el diálogo y experiencia como un
interações, no diálogo e na vivência como
in which the prevailing expectations of
proceso compartido de construcción de
processo partilhado de construção de
reciprocal behavior. The results allow the
conocimientos.
conhecimentos.
observation that the sharing is exercised
from the reality, based on horizontal

Palabras clave: la cooperación en red; red
Palavras-chave: cooperação em rede; rede
interactions, dialogue and experience as
de empresas; Arreglo Productivo Local
de empresas; arranjo produtivo local
shared process of knowledge building.
Keywords: network cooperation; network
of companies, local productive arrangement

1 Parte deste artigo é parte da tese de doutorado do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP),
São Paulo – Brasil.
Ciencias de la Información
59

Sugahara y Santos
Introdução
utilizado para se referir tanto às pessoas -
Quanto à forma da rede, Castells (1999, p.498)
consideradas como unidades individuais -
ressalta que a tipologia definida por redes
Ciência da Informação, uma ciência
como as unidades sociais coletivas - como,
determina que a «distância (ou intensidade
de caráter interdisciplinar e que se
A
por exemplo, departamentos de uma
e frequência da interação) entre dois pontos
ocupa com estudos sobre as
organização, agências de serviço público
(ou posições sociais) é menor (ou mais
propriedades da informação, estudos e
numa cidade, países de um continente ou
frequente, ou mais intensa) se ambos os
pesquisas vêm sendo desenvolvidos a partir
mundo (WASSERMAN; FAUST, 1994). O
pontos forem nós de uma rede do que se não
do contexto e ambiente informacional. Diante
presente trabalho aplica o termo ator
pertencerem à mesma rede». É nesse contexto,
da multiplicidade de interações entre indivíduos
considerando o conceito de Lara e Lima
que se inserem a necessidade de estudos
circunscritos em numa estrutura em rede é
(2009), como sendo indivíduo ou ator que
aplicados aos movimentos sociais em rede,
relevante para a Ciência da Informação
se comunica diretamente com outros atores
a emergência de ações coletivas articuladas
discutir sobre a troca de informação para o
de uma rede social. Nesse sentido, a rede social
e interativas na busca de novas formas de
estabelecimento de ações conjuntas entre
estudada é a denominada Rede Arranjo
relação, valorizando o espaço da convivência
os integrantes em rede.
Produtivo Local Têxtil (APL) de Americana
para a troca de informação.
e região/São Paulo – Brasil.
A busca de entendimento sobre a dinâmica
Essas particularidades também são
da informação em ambientes organizacionais
Sob esse olhar o conceito rede Arranjo
evidenciadas por Michel Serres (1968),
é enfatizada por Valentim (2008) ao relatar
Produtivo Local é utilizado neste artigo como
citado por D’Avila Neto (2009), ao ressaltar
que o desempenho organizacional sofre
conjunto de pessoas que atuam em empresas,
que o diagrama em rede
influência da capacidade dialógica de seus
instituições de ensino e pesquisa, instituições
atores. A autora afirma que que a informação
governamentais e associações de classe,
é constituído por uma pluralidade de pontos
assume papel essencial nessa dinâmica, por
unidos por uma lógica comum que permite
(que ele chama sommets e que poderíamos
ser insumo para que ela ocorra de forma
estabelecer as relações por meio da interação
traduzir por picos ou cimeiras), religados
satisfatória. Nesse sentido, a pesquisa
e troca de informação uns com os outros.
entre eles por uma pluralidade de
realizada faz por merecer atenção da Ciência
ramificações (chemins, ou caminhos). Um
da Informação, considerando que pode
A fim de compreender «como» a interação
sommet está na intersecção de muitos
caminhos do mesmo modo que um caminho

permitir a ampliação do seu escopo
entre os atores influencia o compartilhamento
se relaciona com muitos sommets. (SERRES,
conceitual e metodológico para lidar com a
de informação para o desenvolvimento de
1968 apud D’AVILA NETO 2009).
informação em ambientes organizacionais
atividades entre os elos da rede, realizou-se
como o ambiente social em rede. Considerando
a pesquisa a partir do estudo de caso da Rede
Em seu estudo sobre redes de conhecimento,
a presença humana nas redes Carvalho (2009,
de empresas Arranjo Produtivo Local Têxtil.
Tomaél (2008, p.2), ao apresentar essa tipologia
p.154) destaca que nesse contexto «a busca
Para tanto a partir da coleta de dados com o
afirma que a informação carece de interpretação
de contatos alternativos se amplia e por este
questionário encaminhado aos especialistas
que compõem a rede de empresas APL
«e provém de um ator que coopera na rede
motivo o papel do profissional da informação
obteve-se a participação de 37 empresas de
com sua bagagem intelectual, cultural e
é cada vez mais relevante e permite dar
um universo de 51. A análise dos dados traz
organizacional.» Uma vez compartilhada por
visibilidade às redes humanas responsáveis
importantes elementos para esclarecer como
meio do conhecimento individual, esta
pelo planejamento e organização dos recursos
a informação cria relações entre diferentes
informação pode contribuir para o
de informação».
sujeitos com vistas ao estabelecimento de
desenvolvimento de parcerias trazendo
ações conjuntas de cooperação com
benefícios recíprocos.
Em se tratando dos diferentes conceitos para
benefícios recíprocos.
o termo rede, ainda não há um termo usado
A autora enfatiza a importância das
consensualmente. Porém, acredita-se que
redes de conhecimento para a interação e
na rede social a interação prevalece e conduz
Estrutura em Rede
o compartilhamento da informação,
à cooperação motivada por necessidades e
mencionando que o termo redes de
interesses, os quais permitem explicar a prática
Na estrutura social em rede, a interação para
conhecimento é utilizado de forma ampla e
de troca de informação com vistas às ações
troca de informação baseia-se em valores,
inclui uma diversidade de modelos de
conjuntas na sociedade contemporânea.
confiança e interesses comuns. Dentro de
trabalhos em cooperação. Para Tomaél
uma ótica centrada na funcionalidade,
(2008, p.2), as redes de conhecimento «estão
O termo rede é empregado na literatura
Cendón (2005, p. 80) destaca que as redes
vinculadas ao contexto que as geram, sendo
considerando os aspectos estruturais, sociais,
são empregadas «para cooperação,
o ambiente social e cultural, no qual elas
culturais, econômicos, tecnológicos, entre
compartilhamento, intercâmbio e acesso
proliferam, determinantes para o seu
outros. Dentre as tipologias de redes neste
remoto a informação, documentos ou recursos
direcionamento e evolução.»
artigo, destacam-se as abordagens de
computacionais.» A autora faz uma distinção
Mattelart (2001), Casarotto Filho e Pires
entre uma rede de serviços de informação e
Sob o ponto de vista do compartilhamento da
(2001), Albagli e Maciel (2004), Cendón (2005)
as instituições mantenedoras das redes,
informação, Creech e Willard (2001), citados
e Tomaél (2008), autores que destacam a
apontando que na primeira «o usuário pode
por Tomaél (2008), apresentam uma
importância do aspecto social para a interação
obter o benefício do acesso socializado a uma
contribuição que complementa a discussão
nesse ambiente.
variedade de recursos informacionais, além
sobre as redes de conhecimento. As autoras
de outros, como aproximação com os pares»,
explicam que o foco das redes de conhecimento
No âmbito da pesquisa realizada o termo rede
enquanto as mantenedoras das redes «têm
é a criação de valores comuns por todos os
foi empregado como um conjunto de atores
o benefício de racionalizar os gastos com
seus membros. Essas redes movimentam-
que articulam entre si, fazendo fluir a
infra-estrutura a acervo, evitando duplicação
se por meio do compartilhamento da
informação nesse espaço. Esse termo é
de esforços.»
informação, almejando a reunião e a criação
60
volumen 43, no. 3, septiembre-diciembre, 2012


Informação e ações para cooperação em rede: Uma visão no contexto de Empresas brasileiras
de novos conhecimentos. A partir do exposto,
parece que, o compartilhamento da informação
é determinante para a geração de conhecimento
entre os elos da rede.
Garton, Harthornthwaite e Wellman (1997)
associam o conceito de rede social ao de
rede de computadores e relatam que
Quando uma rede de computadores conecta
pessoas ou organizações, é uma rede social.
Assim como uma rede de computadores é um

Figura 1. Tipos de redes de empresa.
conjunto de máquinas conectadas por um
Fonte: Grandori e Soda apud Olave e Amato Neto (2005).
conjunto de cabos, uma rede social é um
conjunto de pessoas (ou organizações ou

«conjunto de empresas interlaçadas por
três tipos: sociais, burocráticas e proprietárias.
outras entidades sociais) conectadas por um
relacionamentos formais ou simplesmente
(Figura 1)
conjunto de relações sociais, como amizade,
negociais, podendo ou não ser circunscrito
trabalho colaborativo ou intercâmbio de
a uma região». Em complemento, Grandori e
Na verdade, cada tipologia de rede de
informações.
Soda, citados por Olave e Amato Neto (2005,
empresa fornece os elementos essenciais de
p. 79-80), ressaltam que as redes de empresas
que a rede precisa para funcionar como se
Cassarotto Filho e Pires (2001, p.87) apresentam
podem ser categorizadas a partir de seus graus
pode perceber nas abordagens apresentadas
outra tipologia de redes, denominada redes
de formalização, centralização e mecanismos
por Grandori e Soda, citados por Olave e
de empresas. Os autores as definem como
de cooperação. Os autores as classificam em
Amato Neto (2005), no Quadro 1.
Quadro 1. Tipologias de redes de empresa. Fonte: Olave e Amato Neto (2005, p. 79-80)
Ciencias de la Información
61

Sugahara y Santos
Nas últimas décadas, em função da importância
6. o anseio de legitimidade pelas empresas
agentes que se busca entender a dinâmica
socioeconômica das redes de empresas
– reputação, imagem, visibilidade e prestígio,
da troca de informação para ações conjuntas
para o país, bem como outros países
por meio de estabelecimento de relações com
entre pares.
industrializados, encontra-se na literatura
organizações reconhecidas e respeitadas em
especializada em português várias
seu meio (Nakano, 2005, p. 55).
denominações para redes de empresas, como,
Interação em rede: ações
por exemplo, clusters, distritos industriais,
Complementando, Nakano (2005), afirma que
conjuntas para cooperação
arranjo produtivo local, entre outros. Em 2003,
no ambiente em rede «o conhecimento pode
o Banco Nacional de Desenvolvimento
ser gerado de forma mais eficiente e rápida»,
A fim de compreender «como» a interação
Econômico e Social Brasileiro (BNDES)
considerando também o potencial para o
entre os atores influencia o compartilhamento
apresentou o conceito de Arranjo Produtivo
desenvolvimento de inovações. O estímulo
de informação para o desenvolvimento de
Local como sendo
à inovação em rede pode se efetivar
atividades entre os elos da rede, o estudo
considerando que estabelecimento de fluxos
fez uso do estudo de caso. Em relação às
uma concentração geográfica de empresas
de pessoas, informações e materiais entre
variantes dentro dos estudos de caso como
e instituições que se relacionam em um setor
as organizações da rede colabora para a
estratégia de pesquisa Yin (2001, p.33)
particular. Inclui, em geral, fornecedores
atualização das empresas no que tange ao
enfatiza que, a pesquisa pode incluir tanto
especializados, universidades, associações
desenvolvimento do setor. Além disso, a
estudos de caso único quanto estudos de
de classe, instituições governamentais e
soma de esforços propicia a criação de
caso múltiplos. Esta pesquisa, ao analisar o
outras organizações que provêem, educação,
novos produtos.
fluxo de informação na rede APL Têxtil
informação, conhecimento e/ou apoio
situada em Americana, caracteriza-se como
técnico e entretenimento.
Entende-se que, nas redes de empresas, não
estudo de caso único e significativo, visto
se pode ignorar o caráter da correspondência
que essa rede destaca-se por incorporar
Na sociedade contemporânea, Nakano (2005,
para troca e compartilhamento de informação,
vários elos da cadeia produtiva têxtil
p. 55), por sua vez, salienta que, as redes de
pois estes nem sempre são mútuos. O sentido
(Fiação, Beneficiamento, Tecelagem,
cooperação interempresarial emergem, dentro
de pertencimento depende também das
Confecção) situados no em torno da cidade
de um contexto da convergência social das
crenças e valores individuais, o que leva a
de Americana/São Paulo - Brasil.
empresas, a partir de um ponto de vista mais
acreditar que as redes são heterogêneas.
econômico, com o intuito de «desenvolverem
Os condicionantes envolvidos no ato de
ou complementarem suas capacidades e
Para Mattelart (2001, p.152), da crença sobre
integração social em rede, como confiança,
competências administrativas e técnicas.» Ao
a empresa-rede, com fronteiras porosas e
respeito, solidariedade, interesse, valores,
se referir às redes interempresariais, Nakano
difíceis de apreender advêm «novos valores
crenças, estrutura de comando, influenciam
(2005, p. 55) esclarece que estas podem ser
de gerenciamento, jogando com o contraste
as práticas para o compartilhamento de
definidas como «formas de organização da
da figura opressiva do modo de organização
informação e construção de conhecimento
atividade econômica através de ações de
fechado, limitado e hierarquizado do regime
individual e coletivo. Esses condicionantes
coordenação e cooperação entre empresas,
fordista». Nesse sentido, acredita-se que a
dizem respeito à pretensão de construção
baseada ou não em contratos formais.» Com
estrutura em rede, como arranjo organizacional,
de ação conjunta em rede que, por sua vez,
base no exposto, pode-se inferir que a história
cria interdependências entre as organizações
pode se estabelecer a priori com a troca
das organizações, seus objetivos comuns,
desse ambiente.
de informação.
comportamentos e crenças refletem na forma
como elas se inter-relacionam.
A escolha de uma dessas tipologias de
A estrutura de comando, por sua vez, pode
estruturas em rede parece estar relacionada
ser entendida como forma de coordenação
Ainda segundo Nakano (2005) dentre os
ao contexto institucional e às condições
das ações no ambiente em rede. Nesse
fatores que motivam a formação de redes
políticas, econômicas e sociais de cada
sentido, Amato Neto (2005, p. 9) ressalta que
interempresariais destacam-se:
comunidade. Sua formação depende de
a estrutura de comando em redes é orientada
critérios aceitos e valores partilhados por uma
por «relações de poder e autoridade que
1. a imposição legal ou de uma instância
comunidade. No caso das redes verticais,
definem como os recursos financeiros,
superior com o acesso a linha de financiamento;
acredita-se que a sua formação está relacionada
materiais e humanos são estabelecidos num
2. a busca de controle de uma organização
ao interesse das empresas em complementar
fluxo dentro da rede.» O autor ressalta que
sobre outra ou sobre seus recursos;
suas atividades com atividades que são
essa estrutura de comando está presente
realizadas por outras. Por outro, lado acredita-
quando «uma ou mais empresas coordenam
3. a busca de reciprocidade, na qual as relações
se que essas surgem como forma de superar
e controlam atividades econômicas
são estabelecidas por organizações que
desafios entre por empresas que pertencem
geograficamente dispersas».
compartilham objetivos e desenvolvem
à mesma atividade econômica, que formam
relações de cooperação;
parcerias/alianças de forma horizontal.
A partir da concepção de Amato Neto (2005)
4. a necessidade de estabelecimento de relações
pode-se pensar o papel da instituição Polo
entre empresas para melhorar seus custos
Assim, nas redes de empresas abre-se a
Tecnológico Têxtil de Americana/São Paulo
de transação, almejando eficiência interna;
possibilidade para a interação entre as
- Brasil como estrutura de comando. Isso pôde
universidades, outras empresas industriais,
ser constatado a partir do questionamento
5. a busca por estabilidade por meio da
pólos tecnológicos, instituições
aos integrantes da Rede APL Têxtil sobre o
construção de relações para diminuir a
governamentais, entre outros. É nesse
grau de proximidade entre a organização e
vulnerabilidade frente ao ambiente competitivo;
espaço da conectividade entre os diferentes
o Polo Tecnológico quanto ao suporte
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volumen 43, no. 3, septiembre-diciembre, 2012

Informação e ações para cooperação em rede: Uma visão no contexto de Empresas brasileiras
informacional às organizações para a
A partir dos dados, percebe-se que as
f) Participação em «consórcios de exportação»;
solução de um problema ou obtenção de
ocorrências de ações para troca de informação
g) Estabelecimento conjunto de escolas
informação e orientação de suas atividades.
com intuito de qualificação e treinamento
técnicas e centros de pesquisa para formação
Os resultados da pesquisa demonstraram
conjunto sugerem a existência de socialização
e qualificação da mão de obra.
que, das 37 organizações participantes, 81%
- como processo de obtenção de conhecimento
o reconhecem como agente promotor de
tácito-, estimulada com o compartilhamento
O autor defende a ideia de pensar a
esforços e suporte informacional às
de experiência entre os integrantes em rede
concentração das empresas em redes como
atividades das organizações. Dessa forma,
sociais. Contudo, ao se considerar que as
ambiente propício ao estabelecimento de
evidencia-se a visão das organizações sobre
indústrias de tecelagem apresentaram maior
ações conjuntas deliberadas. Ao mesmo
o Polo Tecnológico Têxtil como instituição
número de interação com vista à qualificação
tempo, ressalta a importância da concentração
de apoio aos seus pares para o
e treinamento conjunto, pode-se interpretar
geográfica de empresas como estímulo ao
desenvolvimento de ações de fortalecimento
que isso se deve às singularidades da própria
estabelecimento dessas ações, tendo em vista,
da Rede APL Têxtil (como, por exemplo,
atividade e de seu contexto.
por exemplo, a superação de obstáculos. Ao
cursos, treinamentos, palestras e apoio ao
considerar a concepção das ações conjuntas,
desenvolvimento outras atividades
Entende-se, portanto, que no caso das
Amato Neto (2005) relata que essas, por
conjunta, como, por exemplo, feiras e
indústrias de tecelagem existe interesses
vezes, são resultado de construções sociais
exposições, apresentadas a seguir). Desse
passíveis de serem conciliados como, por
específicas aos agentes locais e, assim, não
ponto de vista, vê-se o Polo Tecnológico
exemplo, a necessidade de know-how e
podem ser reproduzidas em outras ocasiões
Têxtil como representante social
treinamento de pessoas para manuseio de
ou em outros contextos. Nesse âmbito, a troca
reconhecido pelos pares da rede.
diferentes tipos de máquinas de teares (pinça,
de informação para construção de ações
ar, água, circulares, retilíneos, entre outras),
conjuntas, na Rede APL Têxtil, parece ser
Outra questão abordada na pesquisa refere-
sugerindo e motivando o estabelecimento de
norteada pelos condicionantes do contexto
se à troca de informação em rede para o
ação conjunta. De tal maneira, as práticas
social. Assim, é razoável afirmar que fatores
estabelecimento de ações conjuntas entre
para compartilhamento de informação e
como proximidade geográfica das organizações,
pares. Nesse sentido, observou-se que as
conhecimento estão sujeitas às condições
existência de segmentos variados da cadeia
organizações interagem e trocam informação
do ambiente da rede, e essas podem ser
produtiva têxtil e interesses das organizações
para estabelecimento de treinamento de seus
determinantes para a construção do
em participar da rede presentes na rede
colaboradores. Nesse caso, verificou-se que
conhecimento. Parte-se do pressuposto de
estudada, despertam iniciativas coletivas
a maioria das organizações – 58% (21 empresas)
que a interação se configura com a aceitação,
resultando em ações conjuntas.
– reconhecem e fazem uso de parcerias e
disponibilidade e confiança entre pares.
acordos de interesse mútuo a fim de melhorar
Sendo assim acredita-se que a interação influi
Schmitz (1999) propõe formas de ações
a qualificação dos colaboradores (Tabela 1).
na regulação dos fluxos de informação podendo
conjuntas em redes de empresas com vistas
converter-se em ações conjuntas diversas
ao incremento da capacidade competitiva
como ocorre na Rede APL Têxtil.
das organizações. Acredita-se que as ações
Tabela 1. A interação entre integrantes da rede
conjuntas deliberadas podem atender a uma
com vista ao treinamento de pessoas.
Como mencionado anteriormente, no ambiente
necessidade de informação, tornando possível
em rede as ações conjuntas são motivadas
a sua aplicação no ambiente em rede.
por diferentes condicionantes, disso pode-
se pressupor que elas são iniciadas
As ações conjuntas podem emergir como
principalmente por interesses recíprocos,
expõe Schmitz (1999) com a existência de
mediados pela troca de informação. Para
empresas produtoras que buscam desenvolvê-
Amato Neto (2009, p. 25) as ações conjuntas
las com seus fornecedores e terceiros, a fim
entre agentes locais em ambiente em rede
de melhorar a eficiência em redes. Como
podem ser categorizadas como:
exemplo, na cadeia produtiva representada
a) Compras conjuntas de insumos;
pela rede APL Têxtil, ao se olhar as indústrias
de fiação como fornecedoras de insumos
b) Participação conjunta em feiras e exposições
para as tecelagens, essas podem desenvolver
(nacionais e internacionais)
ações de interesses comuns na tentativa de
c) Estratégias compartilhadas de
melhorar a capacidade produtiva e comercial.
comercialização, tais como marca,
propaganda, canais de distribuição, força
Dentre as ações conjuntas explicitadas, e
de vendas, entre outras;
tendo em vista as especificidades da rede
APL Têxtil, foi solicitado aos respondentes
d) Compartilhamento de instalações, como
que indicassem quais das seguintes ações
unidades de manufatura e laboratórios de
conjuntas praticam: a) compra de insumos
testes e certificação;
e/ou matérias-primas; b) participação em
e) Realização de serviços conjuntos, como
feiras e/ou exposições; c) desenvolvimento
prospecção de mercado, provisão de
de tecnologia; d) desenvolvimento de
informações;
fornecedores comuns (Tabela 2).
Ciencias de la Información
63

Sugahara y Santos
Tabela 2. Ações conjuntas da Rede APL Têxtil.
A cooperação bilateral horizontal, por sua
As formas de cooperação multilateral
vez, é caracterizada como empresas
horizontal acontecem quando os organismos
concorrentes que se unem com a finalidade
públicos ou privados coordenam projetos
de desenvolver uma atividade específica em
setoriais que envolvem a participação de várias
conjunto. Esse tipo de cooperação requer forte
empresas concorrentes. A presença de um
relação de confiança entre as organizações,
organismo local para coordenar a relação entre
sendo encontrada quando se é possível definir
as empresas parece inibir comportamentos
claramente o objetivo da cooperação e seus
oportunistas. Pode-se afirmar que essa situação
benefícios recíprocos. Esse parece ser um
também é encontrada na rede APL Têxtil,
grande desafio para o ambiente das redes
pois esta se configura como base para o
sociais, ao se considerar que a desconfiança
Projeto de desenvolvimento econômico e
em relação a comportamentos pode minar as
social para a cadeia produtiva do setor
tentativas de cooperação bilateral horizontal.
têxtil e de confecção da região de Americana,
Ainda que de forma incipiente, ações conjuntas
estimulando o desenvolvimento de ações
orientadas pela cooperação horizontal bilateral
conjuntas.
estão presentes na Rede APL Têxtil estudada.
Exemplos disso são as compras de insumo
Por fim, a cooperação multilateral vertical
e/ou matéria-prima. Essas ações conjuntas
desenvolve-se entre instituições e empresas
se manifestam, sob certas circunstâncias, para
pertencentes a cadeias produtivas diferentes,
estabelecer melhor condição comercial. Isso
mas que possuem relação próxima de trocas.
é explicado por Albagli e Maciel (2004), que
Nesse sentido, Schmitz (1999) exemplifica
relatam serem as interações locais em redes
as cadeias produtivas de móveis e de couro,
Conforme Schmitz (1999), as ações
estimuladas por necessidade de troca, permuta
que geralmente objetivam aumentar a utilização
conjuntas podem ser categorizadas em
ou transação de caráter comercial, como, por
do couro nos móveis para comercialização
(Quadro 2)
exemplo, a venda ou aquisição de serviços ou
no mercado externo. Esse é o único caso de
produtos. Entende-se, assim, que as ações
cooperação que não foi possível confirmar
Essa categorização dos tipos de ações
conjuntas horizontais da Rede APL Têxtil
pela pesquisa realizada, pois não se obtiveram
conjuntas em redes pode ser utilizada para
entre organizações concorrentes estão nutridas
informações sobre ações conjuntas da Rede
APL Têxtil com outras cadeias produtivas.
explicar como se dão as ações conjuntas na
por um compromisso de parceria, não devendo
Rede APL Têxtil, enfatizando a interação
ser interpretadas como relação de competição
Os resultados da pesquisa permitem observar
como constitutiva para a troca de informação
ou conflito entre as empresas.
que o compartilhamento de informação para
nesse ambiente.
Partindo dessa perspectiva, como pode ser
as práticas voltadas às ações conjuntas é
notado a partir dos dados da Tabela 2 é possível
pautado, principalmente, por similaridades
A cooperação bilateral vertical é entendida
destacar uma forte relação de cooperação
da atividade desenvolvida pelas empresas,
como forma de minimizar as assimetrias de
bilateral horizontal para ações conjuntas
além da relação de confiança e interesse dos
poder por meio de interesses conjuntos das
entre as indústrias de tecelagem participantes
integrantes em rede. O entrelaçamento entre
organizações que pertencem a diferentes elos
da pesquisa. A interação para a troca de
os atores em rede indicam potencialidade
da cadeia produtiva. Isso é típico de empresas
informação que evidencia essa afirmação é
de reunir esforços em ações conjuntas de
inovadoras que objetivam, através de
observada nas ações conjuntas voltadas para
cooperação que pode resultar em satisfação
cooperação, diminuir os ciclos de inovação
a participação em feiras e/ou exposições,
mútua.
e alcançar vantagens competitivas. Essa
praticadas por 38% das organizações da
forma de ação conjunta é praticada por duas
rede. Acredita-se que a interação para o
Conclusões
organizações da Rede APL Têxtil, que
desenvolvimento dessas ações é estimulada,
manifestaram concentrar esforços em ações
principalmente, por fluxos de informação não
As interações entre sujeitos em rede abrem
conjuntas para o desenvolvimento de
estruturados, num processo em que prevalecem
caminhos para práticas coletivas das mais
tecnologias (Tabela 2).
as expectativas recíprocas de comportamento.
diversas formas (compras conjuntas de insumos
e/ou matérias-primas; participação de feiras
e exposições; desenvolvimento de tecnologia;
Quadro 2. Tipos de Ações Conjuntas.
desenvolvimento de fornecedores comuns)
que servem a necessidades socioeconômicas
e culturais diferentes. Essas práticas coletivas
influenciam o direcionamento e evolução da
rede, bem como a forma de socialização de
conhecimentos.
Os resultados permitem observar que as trocas
de informação para o desenvolvimento de
ações conjuntas se manifesta por meio da
Fonte: Schmitz (1999).
relação de confiança e interesse dos integrantes
64
volumen 43, no. 3, septiembre-diciembre, 2012

Informação e ações para cooperação em rede: Uma visão no contexto de Empresas brasileiras
em rede. O compartilhamento será
Banco Nacional de Desenvolvimento
Mattelart, A. (2001). História da sociedade
exercido a partir da realidade, fundada na
Econõmico e Social – BNDES
da informação. São Paulo,
horizontalidade das interações, no diálogo
(2008). Arranjos Produtivos
Brasil: Loyola
e na vivência como processo partilhado de
Locais e Desenvolvimento.
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Nakano, D. N. (2005). Fluxos de
construção de conhecimentos.
bndes.gov.br/SiteBNDES/
conhecimento em redes
export/sites/default/bndes_pt/
interorganizacionais: conceitos
Os resultados permitem observar que as trocas
Galerias/Arquivos/
e fatores de influência. Brasil:
de informação para o desenvolvimento de
conhecimento/seminario/apl.pdf
Atlas, 54-67.
ações conjuntas se manifesta por meio da
relação de confiança e interesse dos integrantes
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León Olave, M. E.; Neto Amato, J. (2005).
A formação de redes de
em rede. O compartilhamento será exercido
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cooperação e clusters em
a partir da realidade, fundada na horizontalidade
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países emergentes: uma
das interações, no diálogo e na vivência como
Población, D. A.; Muginani,
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conhecimentos.
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colaborativas: em informação
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científica. Brasil: Angellara,
A concepção desse cenário aplica-se aos
eficiência operacional. Brasil:
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Atlas, 68-93.
integrantes da rede APL Têxtil com base nos
vínculos ou conexões diretas e indiretas
Cassarotto Filho, N.; Pires, L. H. (2001).
Schmitz, H. (1999). Global competition
estabelecidas para o compartilhamento de
Redes de pequenas e médias
and local cooperation: success
informação. Entende-se que o ambiente em
empresas e desenvolvimento
and failure in the Sinos Valley,
rede do qual participam tem o potencial de
local: estratégias para a conquista
Brazil. World Development,
aproximar seus objetivos individuais e
da competitividade global com
Volumen. 27, No. 9. Disponible
coletivos.
base na experiência italiana.
en: http://ideas.repec.org/a/
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-1650.html.
Os resultados evidenciam que ações conjuntas
Castells, M. (1999). A sociedade em rede:
para socialização de conhecimentos tácitos
a era da informação: economia,
Tomaél, M. I. (2008). Redes de
voltados, por exemplo, a ações conjuntas
sociedade e cultura. Brasil: Paz
conhecimento. DataGramaZero:
orientadas ao desenvolvimento de tecnologias,
e Terra.
revista de ciência da informação,
são incipientes e de difícil acesso na rede. Isso
Volumen 9, No.2. abril. Brasil.
pode indicar que nem sempre existe a abertura
Valadares Cendón, B. (2005). Sistemas e
Pomim Valentim, M. L. (2004). Gestão da
ao saber do outro.
redes de informação. In: Oliveira,
Marlene de (Coord.). Ciência
Informação e gestão do
conhecimento: especificidades
Por fim, reconhece-se que, para a Ciência da
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novos conteúdos e espaços de
e convergências. Londrina:
Informação, torna-se cada vez mais importante
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qualquer contexto em que esta se estruture
ponte e a rede: reflexões para
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intra ou entre redes, considerando as
pensar (o conceito de) rede e (o
network analysis: methods and
condicionantes sócio-culturais e econômicas
conceito de) comunidade.
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Ciencias de la Información
65